Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados do ESPÍRITO SANTO, municípios de Linhares (Farias 619), Montanha (Folli 1261); RIO DE JANEIRO, municípios de Rio de Janeiro (Glaziou 1474), São Pedro da Aldeia (Farney 4179), Saquarema (Farney 1496).
Árvore de até 30 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Conhecida popularmente como quina-preta, foi coletada em Floresta Estacional Semidecidual e Mata de Restinga associadas a Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Apresenta AOO=28 km² e encontra-se severamente fragmentada. Apesar da ocorrência em Unidades de Conservação de proteção integral, sabe-se que a Mata Atlântica brasileira está atualmente muito fragmentada e reduzida a cerca de 12,4% de sua extensão original (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018;Ribeiro et al., 2009). Espírito Santo e Rio de Janeiro resguardam cerca de 12,6% e 20% de remanescentes florestais originais em seus territórios, respectivamente (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). A subpopulação capixaba de Z. glaziovii em encontra-se isolada por matriz dominada por práticas agrossilvipecuárias de alto impacto, particularmente por extensos cultivos de cana-de-açúcar e silvicultura de Eucalyptus sp. (Conab, 2018; Oliveira et al., 2014; Tavares e Zonta, 2010; Pinheiro et al., 2010; Mendonza et al., 2000), enquanto a subpopulação fluminense possivelmente conta com uma extinção local (na cidade do Rio de Janeiro, a espécie não é coletada desde 1867) e registros em áreas de Mata de Restinga isoladas e em Floresta Estacional fora de Unidades de Conservação. Diante do exposto, portanto, a espécie foi considerada Em Perigo (EN) de extinção. Infere-se declínio contínuo tanto em extensão quanto em qualidade de habitat. Ações de pesquisa (números e tendências da população) e conservação direcionadas (Plano de Ação, efetivação da proteção das áreas protegidas) se fazem urgentes a fim de evitar a ampliação de seu risco de extinção no futuro.
Espécie descrita em: Vidensk. Meddel. Naturhist. Foren. Kjøbenhavn (1880) 373.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2 Agriculture & aquaculture | locality,habitat | past,present,future | regional | high |
Linhares (ES) está entre os municípios brasileiros produtores de cana-de-açúcar, cujos plantios iniciaram a partir da década de 1980 e substituíram as florestas nativas e áreas de tabuleiros (Mendonza et al., 2000; Oliveira et al., 2014; Pinheiro et al., 2010; Tavares e Zonta, 2010). Tais cultivos são associados a prática da queima dos canaviais, com a finalidade de diminuir a quantidade de palha e facilitar a colheita (Mendonza et al., 2000; Oliveira et al., 2014; Pinheiro et al., 2010; Tavares e Zonta, 2010). De acordo com a Resolução MAPA nº 241/2010, Linhares é um dos municípios indicados para o plantio de novas áreas de cana-de-açúcar, destinadas à produção de etanol e açúcar. A Conab (2018) estima uma área de cana-de-açúcar de 47,6 e 45,3 mil ha, respectivamente para as safras 2017/2018 e 2018/2019 no Espírito Santo. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 7.1 Fire & fire suppression | locality,habitat | past,present,future | regional | high |
A prática de queimar os canaviais com a finalidade de diminuir a quantidade de palha e, desta forma, facilitar a colheita se consolidou na década de 1970, com o surgimento do Programa Nacional do Álcool. Ao contrário de outras regiões canavieiras do País, na região de Linhares (ES), os solos de tabuleiro passaram a ser cultivados com cana-de-açúcar apenas nas últimas décadas (Mendonza et al., 2000). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality | past,present,future | regional | high |
O município de Linhares com 350371 ha, possui 34% de sua área (117270 ha) ocupada por pastagem (Lapig 2018). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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A espécie foi coletada na Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce (Farias 619). |